Desc: SiDiKi: Dirigido por Isaac Brown, Kathy Craven, Ana Paula Habib. Com Sidiki Conde. Correndo pelas estradas poeirentas da Guiné aos quatorze anos, as pernas de Sidiki param de funcionar. Ele cai misteriosamente paralisado. Poliomielite ou maus espíritos, ninguém o cura. Ele cai novamente, mas desta vez em profunda depressão. Na Guiné, como na maioria das outras culturas, existem preconceitos e noções preconcebidas de quem é diferente; eles nos cegam para as habilidades que existem dentro de nós. Não querendo aceitar esse destino, Sidiki literalmente resolve o problema com as próprias mãos e, na aldeia onde foi descartado, aprende sozinho a dançar sem pernas. Participando na cerimónia de rito de passagem da sua aldeia (para dançar os passos tradicionais durante horas contínuas), Sidiki torna-se um homem, mudando a forma como o seu povo vê aqueles que são rotulados como deficientes. Homem adulto, Sidiki Conde é agora reverenciado no seu país natal como um mestre da música e da dança, e o trabalho da sua vida é capacitar pessoas de todo o mundo para que aceitem as suas próprias capacidades e se sintam livres para dançar como são. Este documentário de longa-metragem SiDiKi leva o público numa viagem desde a actual casa de Sidiki, no East Village de Nova Iorque, até à aldeia guineense de Mancellia, que despertou o seu espírito através da dança. A viagem é repleta de várias paradas em pequenas cidades e vilarejos que acolhem Sidiki. As pessoas com deficiência saem do esconderijo e acorrem à mensagem de esperança de Sidiki. Paralelamente a esta jornada está a transformação dos alunos do Brookville Center for Children's Services que estão aprendendo a lidar com suas próprias deficiências, encontrando seu ritmo interior através da dança em um dos workshops de uma semana de duração de Sidiki. Eles lutam para ver além das suas limitações, mas com o tempo, são fortalecidos pelo poder da autoaceitação e da liberdade de movimento. SiDiKi é filmado com lentes sensíveis de cinema vérité, com música original de Sidiki e sua banda destacada por toda parte. Notavelmente, um dos objetivos do filme é aumentar a consciência sobre o poderoso efeito que a dança e as artes têm sobre o espírito humano. Ao mesmo tempo, SiDiKi ilumina a situação dos deficientes na Guiné e em todo o mundo, abordando os temas universais da perseverança e do triunfo. SiDiKi desafia os preconceitos das sociedades sobre a deficiência e estimula o público a encontrar o seu próprio ritmo corajoso; confronta a nossa intolerância para com aqueles que são atípicos, abrindo os nossos olhos para a verdade de que a capacidade nasce de dentro, não do corpo, e que cada um de nós se move no seu próprio ritmo.